O que será de nós
Hoje
levantei cedo pensando no que tinha para fazer no trabalho, antes que o
relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou
ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por
lavarem a poluição, a ambição e o desrespeito ao próximo. Posso ficar
triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado por não participar
destes grupos que pensam no bem próprio.
Posso
reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo e presenciar
como os seres humanos mudam quando tem dinheiro ou poder, posso me
queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou
posso ser grato por ter nascido, por ter me dado caráter e amor próprio e
saber que dinheiro não trás felicidade e não compra diguinidade.
Posso
reclamar por ter que ir trabalhar e encontrar pessoas que num passo de
mágica muda da água pro vinho, ou agradecer por ter trabalho.
Posso
lamentar decepções com amigos que me mostrava transparência e segurança
nas palavras que dizia, ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer
novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz
por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para
ser o que eu quiser. E, aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de nós.
O que será de nós mostra que o Ceará-mirim tem suas duvidas com os canditados que ai está
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